Olá queridos leitores,
Vocês já ouviram falar de Doença Celíaca? Esta semana
vamos falar um pouco sobre ela e entender melhor o que significa e como deve
ser tratada.
A Doença Celíaca é uma doença autoimune que pode
afetar crianças e adultos. Para pessoas que possuem esta doença, comer
determinados alimentos pode desencadear uma resposta imunológica, ocasionando
danos à parede do intestino e causando prejuízos à absorção de nutrientes
essenciais ao organismo, podendo levar a um quadro de desnutrição e diversas
outras complicações.
Os alimentos responsáveis pelo surgimento dos
sintomas em pessoas com a doença são aqueles que apresentam o glúten em sua
composição. O glúten é um componente proteico presente no trigo, aveia, cevada,
centeio e malte e, consequentemente, em todos os seus derivados.
Existem diversas manifestações clínicas que a doença
não tratada pode ocasionar. Os sintomas podem ser variados, desde
características leves até uma desnutrição grave, com todas as suas
complicações. Entre os sintomas estão: diarreia, distensão abdominal, constipação,
perda de peso, diminuição do bem estar geral, má absorção de nutrientes, como
ferro, algumas vitaminas, cálcio, magnésio, ácido fólico, entre outros, podendo
gerar graves danos ao bom funcionamento do organismo.
O diagnóstico da doença é feito através de alguns
exames específicos, por isso, na presença de sintomas característicos é
essencial buscar ajuda médica. Depois de confirmado o diagnóstico, o tratamento
da Doença Celíaca é realizado, basicamente, com a retirada do glúten da
alimentação.
Alimentos como pães, bolos, biscoitos e massas comuns,
aveia, cerveja, entre outros, devem ser excluídos da alimentação. É importante
lembrar que muitos alimentos industrializados podem apresentar glúten em sua
composição de forma “escondida”, por isso, criar o hábito de olhar os rótulos
dos alimentos antes de comprá-los é essencial para o tratamento. Se o rótulo
apresentar a informação “Não contém glúten”, o alimento pode ser consumido. Em
casos de dúvidas, o ideal é não consumir o alimento e buscar ajuda
profissional.
Apesar de ser uma mudança bastante significativa,
existem diversas alternativas para o preparo de alimentos sem glúten, facilitando
o hábito alimentar da pessoa celíaca. Alimentos a base de arroz, batata, milho,
mandioca, entre outros, podem ser consumidos. Além disso, já existe no mercado diversos
produtos isentos deste componente, facilitando ainda
mais a vida dessas pessoas. Na alimentação fora de casa, sempre observar as preparações e informar-se dos ingredientes presentes, não se esquecendo de
observar a composição das bebidas também.
A disciplina no tratamento é essencial, pois a
interrupção dos sintomas só é possível com a alimentação correta. A ajuda de
amigos e familiares também é de extrema importância para auxiliar na adesão ao
tratamento. Além disso, o acompanhamento com um nutricionista é indispensável.
Para finalizar, é importante ressaltar que o glúten
deve ser evitado apenas por pessoas com intolerância a ele. Apesar de ouvirmos
falar na mídia que a dieta sem glúten emagrece, ela não é recomendada para pessoas sem esta
patologia, uma vez que o glúten está presente em alimentos básicos da
alimentação e a exclusão destes, sem a substituição adequada e bem orientada, pode promover um
emagrecimento não saudável.
Nara Baptistella Rabechi
Nutricionista
Nutricionista
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