Olá queridos leitores,
Esta semana vamos falar sobre alimentação
infantil, tema que tratei na Revista Exclusiva de Itatiba e resolvi colocar no meu blog, para que vocês pudessem saber
mais sobre o assunto também.
A alimentação infantil é um tema de grande
importância nos dias atuais, uma vez que a prevalência da obesidade na infância
vem aumentando muito nas últimas décadas. Em crianças e adolescentes, a
obesidade está associada a fatores de risco para doenças respiratórias, cardiovasculares,
e metabólicas, além de contribuir para a baixa autoestima, podendo proporcionar,
assim, complicações emocionais, caso a obesidade não seja tratada da maneira correta.
A nutrição adequada da criança inicia-se na
gestação. É imprescindível que a mãe tenha uma alimentação adequada, com a
ingestão correta de todos os nutrientes, dessa forma, o bebê nascerá saudável e
com o peso adequado.
Após o nascimento, inicia-se a fase da
amamentação, que deve ser exclusiva, ou seja, nenhum outro alimento deve ser
oferecido à criança, nem mesmo água e chás. A Organização Mundial da Saúde
recomenda que os alimentos complementares sejam oferecidos a partir dos seis
meses de idade.
Estes alimentos devem ser introduzidos
gradualmente, oferecendo um alimento novo por vez, com um intervalo mínimo de
três dias. Dessa forma é possível identificar qualquer reação adversa que possa
ocorrer, assim como permitir que o sabor e a textura do novo alimento tornem-se
familiares para o bebê.
Carnes desfiadas, legumes, frutas e cereais
devem ser oferecidos, iniciando com uma consistência mais pastosa e evoluindo
gradualmente para a consistência natural do alimento. Açúcar e sal não devem
ser adicionados à alimentação do bebê, quanto mais tardiamente esses alimentos
forem introduzidos, melhor para a saúde da criança.
É
esperado que, ao final do primeiro ano de vida, a criança tenha um desinteresse
por se alimentar, devido à diminuição na velocidade de crescimento a partir
deste período. Neste caso, não é recomendado forçar a ingestão de alimentos
recusados, o ideal é esperar alguns dias e oferecer novamente. Além disso, a
partir dos dois anos, já é possível que a criança participe dos hábitos
alimentares da família, lembrando sempre que todos devem seguir uma alimentação
saudável e equilibrada.
Com o crescimento, é comum que novos
alimentos sejam introduzidos na alimentação da criança, principalmente ao
iniciar a vida escolar. Neste momento, é primordial que exista um cuidado com o
consumo excessivo de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, pois além de
diversos problemas à saúde, a ingestão desses alimentos, em grandes quantidades,
é um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade infantil.
Todas as crianças devem apresentar uma
ingestão diária de frutas, legumes e verduras, pois as vitaminas e minerais são
essenciais para a manutenção da saúde e desenvolvimento adequado. Além disso, a
ingestão adequada de todos os macronutrientes (carboidratos, proteínas e
lipídeos), também deve receber atenção especial. Não devemos esquecer da
importância da prática de atividade física para as crianças, através de
brincadeiras e esportes que proporcionem prazer.
Hábitos saudáveis na infância, além de
promoverem a saúde, bem estar e um bom crescimento da criança, ainda propiciam
melhores condições na vida adulta do indivíduo, auxiliando na prevenção do
surgimento de doenças e diversas complicações relacionadas aos maus hábitos
alimentares. É importante lembrar que a criação desses hábitos deve ser
realizada de maneira adequada, prevenindo o surgimento de doenças psicológicas
relacionadas à alimentação. O papel do Nutricionista é essencial para auxiliar
neste processo e tornar a qualidade de vida da criança, ainda melhor.
Nara Baptistella Rabechi
Nutricionista
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