terça-feira, 30 de julho de 2013

Alimentação Infantil

Olá queridos leitores,
 
Esta semana vamos falar sobre alimentação infantil, tema que tratei na Revista Exclusiva de Itatiba e resolvi colocar no meu blog, para que vocês  pudessem saber mais sobre o assunto também.
A alimentação infantil é um tema de grande importância nos dias atuais, uma vez que a prevalência da obesidade na infância vem aumentando muito nas últimas décadas. Em crianças e adolescentes, a obesidade está associada a fatores de risco para doenças respiratórias, cardiovasculares, e metabólicas, além de contribuir para a baixa autoestima, podendo proporcionar, assim, complicações emocionais, caso a obesidade não seja tratada da maneira correta.
A nutrição adequada da criança inicia-se na gestação. É imprescindível que a mãe tenha uma alimentação adequada, com a ingestão correta de todos os nutrientes, dessa forma, o bebê nascerá saudável e com o peso adequado.
Após o nascimento, inicia-se a fase da amamentação, que deve ser exclusiva, ou seja, nenhum outro alimento deve ser oferecido à criança, nem mesmo água e chás. A Organização Mundial da Saúde recomenda que os alimentos complementares sejam oferecidos a partir dos seis meses de idade.
Estes alimentos devem ser introduzidos gradualmente, oferecendo um alimento novo por vez, com um intervalo mínimo de três dias. Dessa forma é possível identificar qualquer reação adversa que possa ocorrer, assim como permitir que o sabor e a textura do novo alimento tornem-se familiares para o bebê.
Carnes desfiadas, legumes, frutas e cereais devem ser oferecidos, iniciando com uma consistência mais pastosa e evoluindo gradualmente para a consistência natural do alimento. Açúcar e sal não devem ser adicionados à alimentação do bebê, quanto mais tardiamente esses alimentos forem introduzidos, melhor para a saúde da criança.
É esperado que, ao final do primeiro ano de vida, a criança tenha um desinteresse por se alimentar, devido à diminuição na velocidade de crescimento a partir deste período. Neste caso, não é recomendado forçar a ingestão de alimentos recusados, o ideal é esperar alguns dias e oferecer novamente. Além disso, a partir dos dois anos, já é possível que a criança participe dos hábitos alimentares da família, lembrando sempre que todos devem seguir uma alimentação saudável e equilibrada.
 
 
Com o crescimento, é comum que novos alimentos sejam introduzidos na alimentação da criança, principalmente ao iniciar a vida escolar. Neste momento, é primordial que exista um cuidado com o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, pois além de diversos problemas à saúde, a ingestão desses alimentos, em grandes quantidades, é um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade infantil.
Todas as crianças devem apresentar uma ingestão diária de frutas, legumes e verduras, pois as vitaminas e minerais são essenciais para a manutenção da saúde e desenvolvimento adequado. Além disso, a ingestão adequada de todos os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos), também deve receber atenção especial. Não devemos esquecer da importância da prática de atividade física para as crianças, através de brincadeiras e esportes que proporcionem prazer.
Hábitos saudáveis na infância, além de promoverem a saúde, bem estar e um bom crescimento da criança, ainda propiciam melhores condições na vida adulta do indivíduo, auxiliando na prevenção do surgimento de doenças e diversas complicações relacionadas aos maus hábitos alimentares. É importante lembrar que a criação desses hábitos deve ser realizada de maneira adequada, prevenindo o surgimento de doenças psicológicas relacionadas à alimentação. O papel do Nutricionista é essencial para auxiliar neste processo e tornar a qualidade de vida da criança, ainda melhor.

Nara Baptistella Rabechi
Nutricionista

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